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O início da história

1940's

Fernanda d'Abreu e Fernando Neto conheceram-se ainda crianças, aos 10 anos.

Ela crescera entre a liberdade e a vastidão do Brasil, mas órfã de pai reencontrou as suas raízes em Matosinhos, junto da família materna.

Ele, filho de mestre e armador de pesca, sempre se mostrou mais reservado, e essa timidez tornou difícil o inicio do namoro.

Em 1947, uniram-se em casamento na Igreja do Bom Jesus de Matosinhos, para a qual a varanda da Casa d’Abreu Neto guarda uma vista privilegiada.

 

"D’Abreu" veio do lado materno de Maria Fernanda; "Neto", da linhagem paterna de Manuel Fernando.

A visão nasceu dela, e ele somou-se ao sonho. Juntos, ergueram a casa de família - um desejo primeiro no feminino que se transformou no orgulho de toda a família d’Abreu Neto. 

Fotografia Antiga Casa d'Abreu Neto

A novidade de Matosinhos:
O início do projecto

Mais uma vez, foi o feminino a abrir caminho: o tão desejado terreno na Avenida Dom Afonso Henriques, em Matosinhos, pertencia a um primo dela. Ele tratou bem do negócio; ela já desenhava na mente e no papel a casa que sonhava, e ele confirmava com um simples "sim". O terreno foi partilhado - e assim nasceram “As Quatro Casas”.

 

Mas, sem a Primeira Casa não se seguia a numeração.

 

Os Siza Vieira eram Matosinhenses e um dos filhos estudava arquitetura. Tinha 21 anos e ainda não era arquitecto.

É por isso que só 55 anos depois, Álvaro Siza Vieira assina o projeto com um comentário: “ Na altura não podia assinar porque ainda não era arquitecto”.

 

Foi ao longo de conversas, debates e discussões - entre os receios e o cepticismo de mãe, pai, filha, filho e arquitecto - que, durante a execução do projeto, Siza ganha a alcunha de “O Nosso Arquitecto”.

Só esta família o denomina assim.

Foram os primeiros, têm esse direito.

 

Mas, para quem embarca junto numa aventura onde o horizonte ainda é incompreendido, não é fácil. A novidade é, primeiro que tudo, sinónimo de críticas. O diferente é, primeiro que tudo, sinónimo de curiosidade. Desenvolvem-se naturalmente expectativas: O casal queria ter a casa dos seus sonhos e adorada por todos. Siza queria ser aceite como arquitecto e com uma linguagem muito própria.

“Palheiros”; “Gaiolas de Grilos”; "Casinhotos"; assim eram consideradas as Quatro Casas - as casas mais feias de Matosinhos.

 

Um projeto que foi pago em três prestações de 3500 escudos e em que se falou de tudo: inovações nas carpintarias e madeiras exóticas; ferragens e candeeiros desenhados pelo próprio arquitecto; pastilha de vidro ocre; uma chaminé escultórica e um passa-pratos da cozinha para a sala de jantar; um degrau em granito e bancadas em mármore; varanda de dez metros; corrimão ergonómico em ferro.

A família d'Abreu Neto
e a Casa

1950's

28 de Maio de 1957. A Casa é inaugurada. 

O próprio arquitecto marcou-a para sempre com uma gravação numa viga de cimento onde se pode ler “MCMLVI” (1956).

A entrada principal pela Rua Dr. Filipe Coelho é rodeada por um pequeno jardim, jardim esse que contorna a Casa e contém árvores e flores cultivadas pela original dona da casa.

No jardim, foi também colocada uma placa em homenagem aos "fiéis amigos" que foram passando ao longo da vida pela família e pela casa.

 

Um galinheiro, que deu lugar recentemente a uma lavandaria, um terraço, que serve de telhado à garagem e um pátio que serve de entrada de serviço pela Avenida principal.

 

Essa entrada permite chegar à cozinha, com chaminé escultórica em pastilha de vidro, apelidada de "Língua da sogra". Um quarto, outrora "da costura" e agora o Quarto das Marias, era onde se costurava durante o dia, servindo à noite como quarto da empregada.

A Sala Fernanda, também escritório contíguo ao hall de entrada, é agora um espaço dedicado ao “Nosso Arquitecto”. A antiga sapateira serve atualmente de arrumos.

As carismáticas salas de jantar e estar, situadas em distintas cotas, unem-se ao primeiro piso por uma escada emblemática e única isenta de ferragens.

Fotografia Antiga de Familia Casa d'Abreu Neto
Fotografia Antiga de Familia na Varanda da Casa d'Abreu Neto

Um mezanino - a que a família, com afeto, chama de galeria - faz a confluência aos quartos e casa de banho. Dali abre-se um vitral voltado para uma das "Quatro Casas", através do qual a dona da casa e sua cunhada trocavam palavras em preces a Santa Bárbara, sobretudo quando os temporais se anunciavam.

 

No primeiro andar encontram-se o Quarto d’Abreu Neto, o Quarto dos Meninos e a Sala Fernando, voltados e com acesso à icónica varanda com vista para a avenida. Já o Quarto de Hóspedes fica voltado para o jardim e uma das outras "Quatro Casas".

 

Dando continuidade à fluidez de espaços, pode-se novamente ter acesso ao piso térreo por outra escada, esta em "caracol" e com um corrimão ergonómico em ferro, outrora pintado de preto e agora de cinza - opção de Álvaro Siza na recente requalificação levada a cabo em 2022/2023.

 

 

O Leme, que repousa na parede da varanda honrando as origens, o Mirante, erguido por uma necessidade ergonómica da dona da casa e o galinheiro, que acaba por dar lugar à atual lavandaria,  foram opções assumidas há quase 70 anos atrás pelos primeiros clientes de Siza.

Hoje, estas opções assumidamente já fazem parte da casa, sendo igualmente assumidas pelo arquitecto aquando da requalificação, alegadamente por já fazerem parte da casa. 

 

Uma tentativa frustrada do autor do projecto em criar o mobiliário exclusivo e decorar a casa nos anos 50, foi agora finalmente posta em prática, com muito gosto e agrado da cliente e arquitecto. 

Fotografia Antiga de Famila Casa d'Abreu Neto

As vidas da Casa

1960's

 

Entretanto, ao longo das décadas de 1960 e 1970, a casa conheceu muitas vidas.

O proprietário transforma o escritório no seu refúgio de coleções e segredos.

 

A dona da casa dedicava-se à cozinha, onde aprimorava receitas, e revelava-se mestra no tricô, na malha e na costura.

 

A filha, por sua vez, convertia as salas de jantar e estar numa "Boîte" improvisada, onde, rodeada de amigos, deixava que os discos de vinil de rock, twist e blues preenchessem o ar.

 

O filho encontrava no jardim o seu território de corridas de carrinhos e jogos de caricas.

 

Já a neta deslizava no baloiço, galopava pelas escadas e entretinha-se com os garnisés e demais animais da casa.

 

Por fim, a bisneta vivia a magia de receber do tio-avô uma "chuva" de chocolates e guloseimas que caía pelas escadas da sala, como um espetáculo de encantamento.

Fotografia Antiga de Familia Casa d'Abreu Neto

 

 

Todos os Natais, Baptizados, aniversários e Festas do Senhor de Matosinhos eram ali passados com os membros da família, amigos e convidados.

Os primeiros objectos tecnológicos: um telefone de orelhas preto e a televisão a preto e branco também tiveram a sua vida na sala, na galeria e nos quartos.

 

Os candeeiros desenhados por Siza foram também carinhosamente apelidados de “capacetes” pela família.

Fotografia Antiga de Familia na Cozinha da Casa d'Abreu Neto

Casa d’Abreu Neto abre a sua varanda a todos

2000's

 

Com a criação da Casa da Arquitectura, em 2011, o proprietário da casa dirigiu-se à instituição com um pedido especial: que a planta fosse finalmente assinada por Álvaro Siza. O desejo concretizou-se e o autor do projecto escreveu " Com 55 anos de atraso - na altura não podia assinar porque ainda não era arquitecto".

Mais tarde, em 2013, com a partida da dona da casa, um vazio profundo instaurou-se na família. Contudo, os que permaneceram uniram-se, reorganizando-se com afinco e dedicação para levar adiante o legado deixado.

 

Desde 2016, o Open House Porto convida a família a abrir as portas aos visitantes. Todos os anos recebem mais de 500 pessoas num fim de semana, com apoio de voluntários e orientação de arquitectos tais como António Choupina e João Rapagão.

Em 2017, a família investe num profundo restauro exterior da casa para fazer brilhar a sua unicidade, mantendo-se sempre fiel à sua originalidade: madeiras, portões, paredes e pedras.

Nesse ano, seis décadas após ter sido habitada, a varanda reencontra a sua essência e volta a respirar vida.

 

​​Nesse mesmo ano, acontecem duas entrevistas. Uma para a TSF e outra para o Expresso, onde Valdemar Cruz dedica uma reportagem ao primeiro cliente de Siza que se torna das mais lidas de sempre - "Conheça a Primeira Vítima de Álvaro Siza Vieira". Fernando Neto, à altura com 93 anos, é entrevistado e de forma lúcida e com um brilho nos olhos partilha todas as memórias com o maior dos detalhes. O título "A Primeira Vítima" foi dado por Siza, inspirado por um momento de humor espontâneo com Maria Manuel, aquando de um pedido de autógrafo para um catálogo de uma exposição.

Transformação da
Casa d’Abreu Neto

Curiosamente, Maria Manuel, a actual responsável pelo projecto de reabilitação, é a quem a casa diz mais de toda a família. Nasceu, cresceu, viveu a infância, fez festas e aniversários, estudou, celebrou Natais e Passagens de Ano nesta casa. Viveu na Casa até aos 10 anos, altura em que foi definitivamente viver com os seus pais. No entanto, nunca se separou física e mentalmente do espaço onde tinha sido sempre tão feliz.

Siza deixou marcas profundas e indeléveis na família d'Abreu Neto. Prova disso revela-se quando, na escola, a bisneta de apenas 11 anos recebeu a proposta de escrever sobre "O Livro de Memórias que Gostaria de Ler". A sua escolha foi clara: compôs um texto sobre a construção da casa dos bisavós - a primeira obra de Siza - entrelaçando as peripécias vividas na época com as diferentes personalidades do arquitecto e dos seus antepassados.

A Casa é composta por mármores, madeiras exóticas, candeeiros e puxadores desenhados para o espaço, mas sobretudo é composta por muito respeito, confiança, comunicação, carinho e amor.

2019

A visita do Sr. Arquitecto

Fernando Neto quer deixar o património no seu melhor brio e dignidade. É seu desejo que a obra e legado sejam perpetuados no futuro, e é nesse momento que também Maria Manuel começa a idealizar o futuro daquela casa numa nova vertente mais consistente e protegendo o património.

É neste processo que Fernando Neto insiste na visita por parte do Arquitecto Siza, já que ele nunca mais tinha regressado à Casa desde 1957. 

 

 

Em 2019, a conceituada revista italiana de Arquitectura “Casabella” dedica uma edição exclusiva ao projecto Quatro Casas denominada “Siza antes do Siza. Álvaro Siza L'Opera Prima”, nº 896.

Desde a sua origem, a casa sempre despertou o interesse de apaixonados, curiosos e estudiosos da arquitectura de Siza. Contudo, é a partir daqui que esse fascínio se intensifica, multiplicando os pedidos de visitas, publicações, fotografias e filmagens, quer para exposições retrospectivas sobre Siza, quer para trabalhos académicos, a preparação de um documentário sobre o impacto da arquitectura na vida das pessoas, ou ainda o lançamento do livro escrito pela filha dos primeiros clientes do arquitecto.

Após anos de espera, mas sempre sustentados pela perseverança e amizade do arquitecto João Rapagão, chegou, em Fevereiro, o dia tão aguardado. O Nosso Arquitecto, acompanhado por João Rapagão, Carla Barros, Sara Nunes e a equipa de imagem e som, tornou realidade o sonho de Fernando Neto. Finalmente, o reencontro - um momento de rara felicidade e inesquecível para todos.

Cliente e arquitecto encetaram um diálogo como se se tivessem encontrado na véspera.

Os olhos atentos de Siza olhavam para a sua obra como  se da primeira vez se tratasse. Dúvidas e receios de ver o seu trabalho alterado depressa se desvaneceram. A manutenção que ele recomendara tinha sido levada a sério.

Na despedida, erguem-se cálices e profere-se:

- " O arquitecto Siza é o melhor do mundo!"

Deste encontro luminoso nasceu a inspiração para a criação do documentário "O Primeiro Siza".

​​Em Abril desse ano, Fernando Neto partiu para se reunir a Fernanda d'Abreu. A casa voltou a sentir a ausência , mas permaneceu como guardiã das suas memórias, mantendo vivo o legado que ambos deixaram.

 

"Um amor de toda uma vida que continuará na eternidade" - Autoria de Fernado Neto

Visita Arquiteto Siza à Fotografia Antiga Casa d'Abreu Neto
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"As Quatro Casas"

de Álvaro Siza Vieira

(Matosinhos, 1957)

Álvaro Siza Vieira nasceu em Matosinhos a 25 de junho de 1933 e estudou Arquitetura na Escola Superior de Belas Artes do Porto entre 1949 e 1955.

Em 1954, Álvaro Siza, ainda estudante de arquitectura, desenha aquele que seria oficialmente o seu primeiro projecto: Quatro Casas para uma mesma família. Com duas habitações unifamiliares e duas geminadas, o conjunto edificado adquire uma dimensão assumidamente urbana na sua relação com a avenida. O trabalho decorre entre 1954 e 1957.

Obra primeira de Siza (ainda longe da expressão arquitetónica do que viriam a ser consideradas as suas obras primas), o conjunto das Quatro Casas é um ensaio sobre a revisão da modernidade que miscigena o Inquérito à Arquitectura Popular (filtrado por Távora), o Le Corbusier de Ronchamp e o seu Alvar Aalto de sempre. Integrada neste conjunto, a habitação do seu primeiro cliente prevê um percurso que obriga à duplicação de escadas que, embora diminuindo o espaço livre, amplia as possibilidades de vivência da casa. Nisso, o projeto é complexo e contraditório, antecipando o livro homónimo de Venturi de 1966. A cozinha da Casa d'Abreu Neto parece ter sido moldada, em pastilha cor de barro, com as mãos do próprio Siza, ainda impressionado com a descoberta inicial da expressão orgânica da arquitetura de Gaudi. A presença escultórica da chaminé no espaço do fogo faz lembrar os Natais, as Páscoas e os dias banais daquela casa. (Joana Couceiro e Nuno Valentim, OHP’19).

 

Na altura, a obra deu lugar à polémica devido à sua audácia e características inovadoras para a época. Atualmente, esta edificação - que envolve duas habitações unifamiliares e duas geminadas - continua a ser privada, mas alvo de muito apreço por estudiosos, curiosos e amantes de arquitectura.

Recentemente requalificada pelo arquitecto Álvaro Siza, a Casa d'Abreu Neto debruça-se sobre as festividades do Senhor de Matosinhos. Fá-lo na forma de uma varanda, com calçada de godo e dois bancos que se encaixam na carpintaria das guardas, penetrando o espaço dos quartos.


É autor de inúmeros projetos espalhados por todo o mundo. Em Portugal, destacam-se o Museu de Arte Contemporânea da Fundação de Serralves, Casas sociais SAAL, Bouça, Estação de Metro de São Bento, Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto e Atelier de Arquitectura (do próprio arquitecto) no Porto, Centro de Estudos de Camilo em Vila Nova de Famalicão, Biblioteca Municipal de Viana do Castelo, Museu de Arte Contemporânea Nadir Afonso em Chaves, Biblioteca da Universidade de Aveiro, Museu Moinho de Papel em Leiria, Bairro da Malagueira em Évora, Igreja de Santa Maria e Centro Paroquial do Marco de Canaveses, Miradouro de Zebro em Oleiros, Atelier-Museu Júlio Pomar, o Pavilhão de Portugal da Expo'98 e a recuperação do Chiado e Estação do metro Baixa-Chiado  em Lisboa.


Em Matosinhos, além das Quatro Casas (1954-1956), onde está incluída a Casa d'Abreu Neto, assinou os projectos do Centro Paroquial de Matosinhos (1956-1959), da Casa de Chá da Boa Nova (1958-1965), da Piscina da Quinta da Conceição (1958-1965), da remodelação da Casa dos seus pais, na Rua Roberto Ivens (1961, 2009 e 2022), da Piscina das Marés (1961-1966) e da Marginal de Leça da Palmeira (2006).

A Câmara Municipal de Matosinhos atribuiu-lhe em 1988 a Medalha de Mérito (Dourada) e em 2007 a Medalha de Honra (Ouro) e o Título de Cidadão Honorário.

Iniciado em 2020 e concluído em 2022, as "Quatro Casas" foram classificadas como monumento de interesse municipal, estando em curso o processo de classificação para nível nacional pela Direção Geral do Património Cultural.


Da sua vasta lista de distinções destacam-se: o Prémio de Arquitetura da Associação Internacional de Críticos de Arte (1981), Prémio de Arquitectura Contemporânea Mies van der Rohe (1988), Prémio Pritzker, da Fundação Hyatt (1992), Prémio Secil (1996, 2000, 2006),  Prémio Golden Lion da Bienal de Arquitectura de Veneza (2002, 2012), Prémio Nacional de Arquitectura de Espanha (2019) e o Grande Prémio de Arquitectura Charles Abella, da Academia de Belas Artes de França (2019).

2020's

A nova identidade da Casa

Em 2021, a neta Maria Manuel quer preservar a casa e contar a história de uma outra forma.

 

A casa de família inicia a evolução para uma nova identidade: a Casa d'Abreu Neto, como um objecto arquitectónico aberto a todos: visitável, para estadias e eventos.

 

A Casa d’Abreu Neto torna-se uma marca, e é requalificada à sua nova função pelo Arquitecto Álvaro Siza, incluindo o desenho de mobiliário e do logótipo da marca.

Inês Baptista da Câmara, CEO do Studio Astolfi e Art is Luxury, desenvolveu consultoria de branding para concretizar uma nova fase da casa.

Em 2024, a Casa d'Abreu Neto conclui as obras de requalificação e é lançado o livro "O Nosso Arquitecto", de autoria de Maria João Neto.

Também se torna membro convidado da Iconic Houses.

É também apresentada como projecto identitário de Siza nas exposições C.A.S.A. (Ala Álvaro Siza) com curadoria de António Choupina na Fundação de Serralves - Porto, e na exposição SIZA com curadoria de Carlos Quintáns na Fundação Callouste Gulbenkian - Lisboa.

Hoje já é possível viver a atmosfera única e desfrutar dos mais belos sonhos no primeiro projecto assinado por um arquitecto portugues laureado com o Prémio Pritzker.

Esta casa, com quatro quartos e capacidade para acolher até 9 hóspedes, abre-lhe as portas para uma experiência incomparável.

Descubra todos os detalhes e faça a sua reserva aqui.

 

 

Em Abril de 2025, a Fundação de Serralves, no Porto, recebe a antestreia do documentário "O Primeiro Siza" - Building Pictures, realizado por Sara Nunes e ideia original de João Paulo Rapagão e Sara Nunes. A obra revisita, seis décadas depois, o primeiro projecto de Álvaro Siza, revelando o reencontro com o seu cliente inaugural e a família, num retrato íntimo do impacto que a arquitectura exerce sobre a vida das pessoas.

A partir desse mesmo ano, a Casa d'Abreu Neto abre-se como hospedagem, acolhendo viajantes, artistas e apaixonados por Siza, pela arquitectura, pela arte e pela história.

Siza e as
"suas primeiras vítimas"

Nesse encontro, Fernando Neto partilha com simplicidade que a casa pertence tanto à família d'Abreu Neto como a Siza.

 

Essa visita foi para ele a última grande alegria - um momento de celebração íntima e enesquecivel.

A ligação que ali se tece, através do espaço, perpetua-se na memória de quem a habita, de quem a visita e de quem permanece na Casa d'Abreu Neto.

É a primeira.

Siza e a Familia d'Abreu Neto

A História da Casa d'Abreu Neto em Fotografias

Livro O Nosso Arquitecto

"O Nosso Arquitecto"

A primeira obra do arquitecto Álvaro Siza Vieira e as histórias da família d'Abreu Neto

O livro narra as histórias da família d'Abreu Neto entrelaçadas com a vivência com o então jovem Álvaro Siza, antes durante e após a construção, relatando as ânsias e preocupações dos clientes, as críticas dos arquitectos de então, o desagrado da população e da imprensa, as críticas mordazes da época e o despontar de um génio da arquitectura.

Culmina no ano de 2019 com uma visita memorável do arquitecto Álvaro Siza Vieira à sua primeira obra e seu primeiro cliente, após uma ausência absoluta de sessenta anos.  O primeiro cliente, a sua primeira obra, a primeira casa própria do proprietário, proporcionou um encontro inesquecível, marcado por momentos hilariantes e emocionantes.

Sinta-se parte da história de Siza
Experiencie a primeira obra de todas

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